Uma primeira fase que se pode identificar na arquitectura de Gaudí
poderá ser chamada de “mourisca” uma vez que o arquitecto buscou
inspiração naquele tipo de construções: as formas, as cores, os
materiais, tudo aponta na mesma direcção.
Outra fase importante da obra de Gaudí foi aquela que decorreu sob o
mecenato de Güell. Este rico habitante de Barcelona era o retrato do
industrial bem sucedido. A sua casa estava aberta aos artistas e Gaudí
foi também acolhido e aí contactou com a chamada “Arte Nova”, que viria a
usar mais tarde. As encomendas de Güell a Gaudí montam a cinco obras de
arquitectura.
Uma outra fase identificável na obra de Gaudí é o que se pode
classificar de período “gótico”. Gaudí utilizará os princípios deste
estilo, bem como algumas das suas formas mais típicas; no entanto o
gótico em Gaudí manifestar-se-á também em inovações ousadas, como são,
por exemplo, os seus arcos parabólicos.
Já arquitecto de créditos firmados, Gaudí buscou um estilo próprio e
se quisermos citar exemplos desse estilo as casas Batló e Milá serão
certamente as que nos acudirão ao espírito. De tal forma ousadas eram
essas construções que o público de Barcelona, apesar da estima e do
prestígio de Gaudí, não deixou de as alcunhar e de as considerar quase
aberrantes. A obra de Gaudí por excelência foi, no entanto, o templo
expiatório da Sagrada Família, obra a que dedicou uma parte importante
da sua vida e em que trabalhou aturadamente nos seus últimos 12 anos de
existência. Está em curso um movimento em prol da beatificação de Gaudí pela Igreja Católica, promovido desde 1992 por uma associação secular.
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